





• Contribuem para ordenar e estabilizar as atividades comunicativas do dia-a- dia;
• São entidades sócio-discursivas e formas de ação social incontornáveis em qualquer situação comunicativa;
• Os gêneros textuais surgem, situam-se e integram-se funcionalmente nas culturas em que se desenvolvem e caracterizam-se muito mais por suas funções comunicativas, cognitivas e institucionais do que por suas peculiaridades linguísticas e estruturais.
• As novas tecnologias, ou seja, a intensidade do uso das tecnologias e suas interferências nas atividades comunicativas diárias propiciaram o surgimento de novos gêneros textuais, formas inovadoras. Fato já notado por Bakhtin(1997) quando falava na transmutação dos gêneros e na assimilação de um gênero por outro gerando novos. Exemplos: a) conversa -> telefonema b) bilhete -> carta -> e-mail;
• Os limites entre a oralidade e a escrita tornam- se menos visíveis, a isto chama-se hibridismo que desafia as relações entre oralidade e escrita e inviabiliza de forma definitiva a visão dicotômica;
• Os gêneros híbridos permitem observar melhor a integração entre os vários tipos de semioses: signos verbais, sons, imagens e formas em movimento.
• É impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum gênero, assim como é impossível se comunicar verbalmente a não ser por algum texto;
• Esta visão segue a noção de língua como atividade social, histórica e cognitiva, privilegia a natureza funcional e interativa. A língua é tida como uma forma de ação social e histórica e que, ao dizer, também constitui a realidade sem contudo cair num subjetivismo ou idealismo ingênuo. Neste contexto os gêneros textuais se constituem como ações sócio-discursivas para agir sobre o mundo e dizer o mundo, constituindo-o de algum modo.
• Quando dominamos um gênero textual, dominamos uma forma de realizar linguisticamente objetivos específicos em situações sociais particulares. ”A apropriação dos gêneros é um mecanismo fundamental de socialização, de inserção prática nas atividades comunicativas humanas”. Os gêneros operam, em certos contextos, como formas de legitimação discursiva, já que se situam numa relação sócio-histórica com fontes de produção que lhes dão sustentação muito além da justificativa individual.
• Intertextualidade inter-gêneros = um gênero com função de outro;
• Intertextualidade tipológica = um gênero com a presença de vários tipos;
• A possibilidade de operação e maleabilidade dá aos gêneros enorme capacidade de adaptação e ausência de rigidez. Miller(1984) considera o gênero como “ação social” e diz: “uma definição de gênero não deve centrar-se na substância nem na forma do discurso, mas na ação em que ele aparece para realizar-se.” ;
• Bakhtin(1997) indicava a “construção composicional”, ao lado do “conteúdo temático” e do “estilo” como as três características dos gêneros;
• Os gêneros são, em última análise, o reflexo das estruturas sociais recorrentes e típicas de cada cultura.
• Ter em mente a questão da relação oralidade e escrita no contexto dos gêneros textuais, desde os mais informais até os mais formais e em todos os contextos e situações de vida cotidiana;
• Os gêneros são modelos comunicativos e servem, muitas vezes para criar uma expectativa no interlocutor e prepará-lo para determinada reação. Operam prospectivamente, abrindo o caminho da compreensão, como frisou Bakhtin(1997);
• Os interlocutores seguem em geral três critérios para designarem seus textos: [Elizabeth Gulich(1986)] – Canal/ meio de comunicação(telefonema, carta, telegrama) – Critérios formais(discussão, conto, debate, contrato, ata, poema) – Natureza do conteúdo(piada, prefácio de livro, receita culinária, bula de remédio)
• Para Douglas Bilber(1988), os gêneros são geralmente determinados com base nos objetivos dos falantes e na natureza do tópico tratado;
• Os gêneros textuais se fundem em critérios externos(sócio-comunicativos e discursivos) e os tipos textuais fundam-se em critérios internos(linguísticos e formais);
• Adequação tipológica que diz respeito à relação que deveria haver, na produção de cada gênero textual, entre os seguintes aspectos: – Natureza da informação ou do conteúdo veiculado; – Nível de linguagem(formal, informal, dialetal, culta, etc) – Tipo de situação em que o gênero se situa (pública, privada, corriqueira, solene, etc) – Relação entre os participantes(conhecidos, desconhecidos, nível social, formação, etc) – Natureza dos objetivos das atividades desenvolvidas.
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Plano de Trabalho Docente
5ª Série
Professora: Maria de Fátima Caldeira
Disciplina: Língua Portuguesa
Ano letivo:2009
Justificativa
O trabalho com a Língua Portuguesa indicam a sistematização de um conjunto de disposições e atitudes como pesquisar, selecionar informações, analisar, sintetizar, argumentar, negociar significados, cooperar, de forma que o aluno possa participar do mundo social, incluindo-se a cidadania, o trabalho e a continuidade dos estudos. Ela é vista como um elemento de integração social que permite ao educando o desenvolvimento de habilidades para enfrentar os desafios da sociedade contemporânea.
Conteúdo | Objetivos | Encaminhamento Metodológico |
Leitura - Identificação do tema; - Interpretação textual, observando: *conteúdo temático; *Interlocutores; *Fonte; *Intertextualidade; *Informatividade; *Intencionalidade; *Marcas linguística. -Identificação do argumento principal e dos argumentos secundários; - Inferências.
| - Analisar os textos produzidos, lidos, e/ou ouvidos, possibilitando a ampliação do conhecimento linguístico-discursivo; - Aprofundar a capacidade de pensamento crítico permitindo a expansão da leitura. | - Práticas de leitura de texto de diferentes gêneros; -Consideração dos conhecimentos prévios dos alunos; - Inferências de informações implícitas; - Utilização de materiais gráficos diversos (fotos, gráficos, quadrinhos...) para interpretação de textos; - Discussão sobre a finalidade do texto, fontes, interlocutor... - Relatos de experiências significativas relacionado ao assunto do texto; - Leitura de vários textos para a observação das relações dialógicas. |
Bibliografia
KANASHIRO, Áurea Regina. Projeto Araribá português/obra coletiva. Editora Moderna, 1ª edição, São Paulo, 2006
Diretrizes Curriculares de Língua Portuguesa
CEREJA, William Roberto e MAGALHÃES, Thereza Cochar. Português:Linguagens. São Paulo, Atual Editora, 2002
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Vou continuar estudando as novas tecnologias para poder ver, ouvir, ler, gravar, voltar atrás, avançar, enviar, receber, editar, revisitar, modificar os textos... enfim utilizar as novas tecnologias. Sei que hoje é necessário o uso do computador, por esta razão, estou tentando aprender, ainda que bem devagar. Estou feliz por conseguir fazer algumas coisas, mas preciso aprender muuuuuito!